sexta-feira, 14 de março de 2008

Investigação da Polícia Civil do Pará ganha prêmio inédito do FBI

A metodologia de investigação policial empregada pela Polícia Civil do Pará no caso dos meninos da Ceasa recebeu um prêmio internacional do Departamento Federal de Investigação Norte-Americano (FBI). A medalha foi recebida pelo investigador Anderson Almeida, que integra a força-tarefa responsável em investigar as mortes, durante o Encontro Internacional da Análise da Cena do Crime ao Perfil do Criminoso, realizado em Curitiba, no Paraná, no período de 25 a 30 de novembro. O evento foi promovido pela Academia Superior de Polícia do Estado do Paraná e FBI.
O trabalho de investigação desenvolvido no Pará concorreu com diversos outros trabalhos apresentados por policiais de todo país. Foi o único a receber a premiação. “Trata-se de um prêmio inédito para o Estado do Pará”, enfatiza Almeida. Os agentes norte-americanos do FBI consideraram a metodologia de investigação aplicada pela Polícia Civil paraense como dentro dos padrões internacionais adotados pelas polícias no mundo para apuração de crimes cometidos por assassinos em série. “A investigação foi reconhecida como destaque entre todos os trabalhos realizados no país”, explica o policial.
Entre as investigações mostradas em Curitiba estão casos de assassinatos em série conhecidos nacionalmente como o do Maníaco do Parque, de São Paulo, e o dos Meninos Emasculados de Altamira e de São Luiz do Maranhão.
De acordo com o policial, o FBI é uma referência para as polícias do mundo em função das experiências de décadas de investigações de casos de assassinos em série. Os primeiros registros desses crimes foram investigados nos Estados Unidos nos anos 70. Na época, a polícia norte-americana criou a Unidade de Análise e de Ciência Comportamental, responsável em investigar as características dos crimes e traçar o perfil psicológico do assassino para, com base no estudo, buscar a identificação, localização e prisão do homicida.
A escritora Ilana Casoy está na equipe da força-tarefa da Polícia Civil do Pará, responsável pelas investigações no caso dos meninos da Ceasa.

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